Quem me conhece sabe do meu fascínio pelas terapias que envolvem Luz e, mais uma vez a vejo em nova descoberta.
Interruptor de pacientes
Cientistas inseriram moléculas fotossensíveis ao propofol, um anestésico largamente usado em cirurgias e outras sedações.
O resultado é uma anestesia cujo efeito pode ser controlado com luz.
A nova anestesia fotossensível também poderá ser usada para tratamento de algumas doenças oculares.
Funcionamento dos anestésicos
A maioria dos anestésicos opera amortecendo a atividade dos neurônios - são os chamados neurotransmissores inibitórios.
O propofol, por exemplo, interage com receptores nas membranas das células neurais que normalmente se ligam ao neurotransmissor inibitório GABA (gamma-amino butyric acid).
A ligação ao GABA abre canais de proteínas através dos quais íons negativos de cloretos fluem para a célula. Aumentar o potencial de repouso elétrico através da membrana torna o neurônio menos propenso ao disparo em resposta a um estímulo de entrada.
O propofol amplia esse efeito, o que o faz funcionar como um anestésico.
Anestesia controlada pela luz
Agora, a equipe do Dr. Dirk Trauner, da Universidade de Munique (Alemanha), desenvolveu um derivativo do propofol que permite que a ação do GABA seja regulada pela luz.
"Juntando um interruptor molecular ao propofol, obtivemos uma molécula sensível à luz que é um anestésico mais potente do que o propofol sozinho no escuro," disse Trauner.
Neste caso, a luz funciona desativando o efeito anestésico do composto.
Em experimentos com animais, que receberam uma anestesia geral com o propofol fotossensível, todos voltaram rapidamente à atividade quando foram iluminados com luz violeta.
Quando a luz foi desligada, os animais ficaram novamente imobilizados, sob efeito da anestesia.
Reversão da cegueira
O novo anestésico controlado pela luz também poderá ser utilizado para tratar algumas formas de cegueira, como a retinite pigmentosa, que leva à perda de visão devido à destruição progressiva das células fotorreceptoras dos olhos.
No entanto, os neurônios mais profundos da retina não são afetados, e são acessíveis pela luz ambiente.
"As células interiores também têm receptores de GABA nas suas superfícies e, em princípio, elas podem ser transformados em células que respondem à luz com a ajuda do novo composto, o que nos permitiria contornar os fotorreceptores defeituosos," diz Trauner, que agora está trabalhando com colegas da Suíça e dos EUA para demonstrar essa possibilidade.
Fonte:-Diário da Saúde
Namastê!
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