Saudações Amigas(os)!!!
Relógio biológico não é a única rota para a influência da luz sobre a saúde.
O ritmo circadiano natural do organismo não é o único elemento
envolvido na falta de sono noturna. Luzes vermelhas e azuis podem produzir o mesmo resultado, de acordo com uma pesquisa que acaba de ser publicada no jornal médico BMC Neuroscience.
Mariana Figueiro trabalhou com uma equipe do Instituto Politécnico Rensselaer (EUA) para estudar os efeitos das diferentes condições de iluminação sobre o sono e a falta dele.
"Hoje já é bem aceito que o sistema circadiano - o relógio biológico interno do corpo
humano - tem sua máxima sensibilidade em relação à luz com baixos
comprimentos de onda (azul) e é basicamente insensível aos grandes
comprimentos de onda (vermelho). Nós agora demonstramos que níveis moderados
de luz vermelha impactam a falta de sono, um efeito que então deve
ocorrer por uma outra rota neurológica que não o sistema circadiano,"
explica Mariana.
Ritmo circadiano
O ritmo circadiano é um ciclo de aproximadamente 24 horas que marca vários processos biológicos, como a temperatura corporal,
a síntese da melanina e o comportamento de dormir e acordar. Esses
processos repetem-se a cada 24 horas e são fortemente sincronizados com o
ciclo de luz-escuridão do ambiente.
Luzes fortes aumentam o estado de alerta durante a noite, mas nunca
ficou completamente claro se esse alerta induzido pela luz pode se dar
por outras rotas neuronais que não aquelas envolvidas com o sistema
circadiano.
Falta de sono à noite
"Há evidências convincentes de que a estimulação do sistema
circadiano pela luz aumenta o estado de alerta à noite, mas nossos
resultados sugerem que este efeito é mediado não apenas pelo sistema
circadiano, mas também através de outros mecanismos," diz Mariana.
O impacto das diversas cores da luz sobre a saúde humana é um campo
emergente de pesquisas que tem envolvido desde estudos sobre o bem-estar
e a qualidade do sono, até aplicações específicas da luz como radiação
para aquecer nanopartículas e destruir células cancerosas.
Os cientistas planejam prosseguir suas pesquisas para tentar
descobrir quais são essas novas rotas neurológicas que nos tornam
sensíveis às diversas cores da luz.
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